Lá no fundo você deve se perguntar, para que servem os indicadores de RH? A resposta é bem simples, se você utiliza os KPI´s (Key Performance Indicator, ou os famosos Indicadores-Chave de Desempenho), analisando as métricas com criticidade e tomando decisões a partir destas aferições, eles servem para muita coisa. Agora se é só para inglês ver, não servem para nada, a não ser para tornar o trabalho do RH mais burocrático e oneroso.

Nem todas as empresas estão preparadas para gerir de forma assertiva o capital humano. Muitos gestores sofrem no final do mês alimentando várias planilhas de dados, para apresentarem no começo do mês subsequente seus indicadores. E aí o que acontece? Nada!

São muitos dados, muita complicação, o povo não quer dar atenção para sua apresentação quilométrica. Resultado: Desmotivação! De quem? A sua!

Aqui vão algumas dicas para evitar o estresse pré e pós indicador:

  1. Se você tem abertura para inovar na gestão do RH, vá devagar! Comece com poucos indicadores e com aqueles que são mais críticos e que chamarão a atenção por causar impacto, em suma: o que geram na visão do empregador prejuízo!
  2. Coloque uma coisa em sua cabeça, você é do RH, mas a empresa para qual você trabalha geri um negócio que na maioria das vezes visa o lucro, então, seja prático! Utilize estratégias que façam com que os executivos enxerguem a importância de melhorar a condição dos funcionários em pró da melhoria dos números.

Vamos ao exemplo “fake”: A empresa X do segmento de Call Center teve o maior índice de absenteísmo da história no último bimestre. Atingiu 22%, sendo que 15% está relacionado a entrega de atestados com CID´s (Classificação Estatística Internacional de Doenças) de alergias em geral e conjuntivites.

Você com sua opinião formada, indaga:

– Call Center, é daí para mais, está dentro do esperado no mercado!

Então vamos lá, como somos todos curiosos e investigadores do CSI, não é mesmo? Vamos investigar…

Há cerca de 60 dias, a prestadora de serviços de limpeza foi trocada e aparentemente o ar condicionado foi prejudicado pelo novo método de higiene utilizado, partículas de poeira e ácaros eram excretados no ar no momento em que o equipamento era ligado, como se houvesse um saldo residual preso na máquina. O sistema de ventilação era único, as tubulações se estendiam por toda área operacional e pela área de gestão de clientes.

Bom, termino minha história por aqui, para que você possa PENSAR!

“Nem todas as empresas são iguais e não é porque existe uma tendência, que sou ou farei parte dela”.

Quando apresentamos somente dados numéricos, códigos de doença ou dados de qualquer natureza, devemos checar se estamos munidos de informações, principalmente sobre as causas. Lembre-se as causas geram os efeitos!

  1. Encerrando as dicas, seja simples e direto em suas apresentações, as pessoas perdem o foco a cada 07 minutos nas reuniões. Utilize ferramentas para coleta de dados, práticas e de fácil interpretação.

Gráficos devem ser representativos e de entendimento imediato, nada de “frufru”, objetos flutuantes estranhos e de informação desnecessária.

Se você não sabe para onde vai todo caminho é errado! Trocando em miúdos, se você não sabe para que, e o que quer aferir, simplesmente não o faça.

PS: Pensando em você disponibilizamos uma ferramenta simples, o Índice de Absenteísmo. Utilize com cautela e critérios, fique à vontade para adaptar de acordo com suas necessidades. Com frequência traremos novidades para você em nosso site, fique antenado e participe da nossa newsletters!

Forte Abraço!

Escrito por Vanessa Aleixo – Diretora de Desenvolvimento da RHPLAY Consultoria e Treinamento

 

Indicadores, pra quê?

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